O setor de serviços no Brasil começou o quarto trimestre no vermelho. Em outubro, registrou queda de 1,2% no volume frente a setembro, informou nesta terça-feira (14) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O segmento envolve uma grande variedade de negócios, de bares e restaurantes a instituições financeiras, de tecnologia e de ensino. Também é o principal empregador do país.
Mesmo com o resultado de outubro, o setor de serviços ainda ficou acima do pré-pandemia. A distância em relação a fevereiro de 2020 é de 2,1%.
Na comparação com outubro de 2020, o segmento de serviços cresceu 7,5%, de acordo com o IBGE.
No ano, o setor acumula alta de 11%. Em período maior, de 12 meses, o avanço foi de 8,2%.
Durante a pandemia, a prestação de serviços diversos sofreu um choque. O baque ocorreu porque o setor reúne atividades dependentes da circulação de clientes, que foi reduzida pelas restrições para conter a Covid-19. Hotéis, bares, restaurantes e eventos fazem parte da lista de negócios impactados.
O que amenizou o tombo gerado pelo coronavírus foi o avanço de serviços ligados à tecnologia. Essas atividades tiveram demanda aquecida no período de isolamento social.
Com o impulso da vacinação contra a Covid-19 e da reabertura da economia, os serviços de caráter presencial apostam em uma melhora dos negócios até o final do ano.
A recuperação, por outro lado, é ameaçada pelo cenário de escalada da inflação, juros mais altos e dificuldades no mercado de trabalho. Em conjunto, esses fatores abalam o poder de compra das famílias.
Antes de divulgar o desempenho de serviços, o IBGE apresentou outros dois indicadores setoriais referentes a outubro: produção industrial e vendas do varejo. Ambos ficaram no vermelho.
A produção das fábricas recuou 0,6% em outubro, a quinta baixa consecutiva. Já o comércio encolheu 0,1% no mesmo mês, o terceiro recuo em sequência.