Se o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda ainda fosse esta quinta-feira, 30, mais de 19 milhões de brasileiros teriam de correr para entregar seus dados para a Receita Federal. O número, no entanto, não causa alarde, já que o prazo foi adiado para o dia 30 de junho.
Segundo dados divulgados pela Receita, até esta quarta-feira, 29, 12.466.117 brasileiros entregaram a declaração, cujo prazo se iniciou no dia 2 de março. Ao todo, 32 milhões de contribuintes devem informar seus dados para o Fisco este ano. Ou seja, 19.533.833 ainda devem acessar o programa do IRPF 2020 nos próximos dois meses.
O Ministério da Economia optou por mudar a entrega da declaração para o dia 30 de junho, um acréscimo de 60 dias no prazo total, por causa da pandemia do novo coronavírus. Com isso, alguns pontos da declaração foram alterados: por exemplo, não será preciso informar o número do recibo de entrega da última declaração de ajuste anual. A medida, segundo a Receita, visa "evitar aglomerações de contribuintes no atendimento da RFB, bem como em empresas ou instituições financeiras".
Restituição
O calendário de restituição foi mantido. Os cinco lotes de pagamento, que começam em 29 de maio e terminam no dia 30 setembro, vão priorizar idosos, portadores de deficiência física ou mental e aqueles cuja maior fonte de renda é o magistério - assim como foi feito nos anos anteriores. Na sequência, serão pagos os demais contribuintes.
Ou seja, ainda vale a regra antiga: quem entrega e transmite o imposto com antecedência, consegue entrar nas primeiras levas do pagamento. Nesse caso, para a formação de cada lote, serão consideradas as declarações transmitidas e processadas até a data de emissão do respectivo lote, que ocorre cerca de 15 dias antes da data do pagamento das restituições. A informação pode ser consultada no site da Receita.
Até o momento a Receita não registrou nenhum tipo de problema ou instabilidade no programa do Imposto de Renda 2020.