“Somos mais de 69 mil organizações contábeis em um cenário com 520 mil profissionais, e estimamos que cerca de 50% do universo da nossa profissão encontram-se nas organizações, sejam como titulares, sócios ou empregados. Isso mostra a dimensão da importância desse segmento, reforçando o papel estratégico do contador no desenvolvimento econômico do País”, destacou o presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Zulmir Breda, durante a abertura da 18ª Convenção Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Conescap), realizada na noite desta quarta-feira (13), em Vitória (ES).
Na ocasião, o presidente do CFC parabenizou a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contáveis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Sescon/ES) pela 18ª Conecasp, que trouxe para o debate o tema “A evolução das transformações e seus impactos no setor de serviços”. Segundo ele, o desafio para que a classe continue a crescer está na capacidade de transformação das empresas em ambientes mais tecnológicos, com equipes técnicas que possuam habilidade em análise de dados, visão estratégica de negócios, liderança e comunicação.
“O Brasil passa por um conjunto de mudanças profundas e complexas, que impactam diretamente na nossa profissão. E essa complexidade exige ação. Mesmo que isso seja um desafio, é preciso força de vontade e determinação. Fugir das transformações é viver no passado. Portanto, eventos como a Conescap são imprescindíveis ao nosso crescimento”, ressaltou Zulmir.
Para o presidente do CFC, outro fator importante para enfrentar as transformações está na união de esforços entre as entidades de classe, oportunizando, assim, educação profissional continuada e a defesa das prerrogativas do contador.
“Juntos, com entidades, instituições, sindicatos, conseguimos unir esforços para a construção dessa ponte para o futuro. Buscamos a excelência na prestação dos serviços e o reconhecimento da importância do papel do contador na sociedade, prezando sempre por um País mais ético e transparente”, concluiu.
O presidente da Fenacon, Sérgio Approbato, disse que, com os avanços tecnológicos, o que parecia ser ficção científica tornou-se realidade nos dias atuais. “Temos que correr atrás das evoluções, especialmente das comportamentais e tecnológicas, para não ficarmos obsoletos e fora do mercado. Precisamos refletir sobre as mudanças para saber como aplicá-las nos negócios”.
Para a presidente do Sescon/ES, Dolores de Fátima, desde a primeira revolução industrial, com o surgimento da máquina a vapor, que a tecnologia vem transformando o mundo. No entanto, ela acredita que as inovações digitais não podem ser comparadas às habilidades humanas pela grande capacidade de criatividade que a humanidade possui. “A máquina não sabe o valor de um abraço, de uma música ou até mesmo do riso de uma criança. É claro que devemos seguir lado a lado com a tecnologia, que trouxe interação entre clientes, produtos e empresas, mas algo que existe em nós nunca poderá ser substituído: o calor humano na prestação dos serviços”, enfatizou.