Depois de fechar 2017 como as grandes geradoras do emprego formal, com um saldo de 330 mil novas vagas geradas ao longo do ano, as micro e pequenas empresas brasileiras iniciaram 2018 repetindo o desempenho positivo no mercado de trabalho.
Em janeiro, os pequenos negócios brasileiros foram responsáveis pela geração de 82,5 mil empregos com carteira assinada. No mesmo período, as médias e grandes empresas fecharam quase 4 mil vagas.
Os dados são do levantamento mensal realizado pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, 2018 tende a ser um ano de recuperação mais acentuada da economia, e essa sinalização aparece antes na micro e pequena empresa.
"É o pequeno negócio que segura o emprego em momentos de crise, e é também quem começa a contratar quando a situação financeira demonstra melhorias", afirma. "Mesmo endividados, os empresários de micro e pequenas empresa continuam investindo na mão de obra formal, confiantes na recuperação maior da economia, no aumento das vendas e na regularização de suas dívidas.”
Em comparação com o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios em janeiro do ano passado, o levantamento do Sebrae verificou um aumento de 100% na quantidade de vagas geradas.
Na época, as micro e pequenas empresas registraram o saldo líquido (número de admissões, menos o número de desligamentos) de 41 mil postos de trabalho.
A análise por segmento apontou o setor de serviços na liderança da geração líquida de empregos em janeiro deste ano, com a criação de 45,5 mil novas vagas.
Os pequenos negócios da indústria de transformação apareceram em segundo, respondendo pela geração de 32,3 mil novos postos de trabalho.
No setor de serviços, as micro e pequenas empresas do ramo imobiliário puxaram a geração de empregos, com 22,2 mil vagas. Na indústria, o destaque foi verificado nos segmentos de calçados, com 7 mil postos, e têxtil, com 5 mil empregos.