Os dados da PNAD Contínua trimestral, divulgados na sexta-feira (15) pelo IBGE, mostram que o Paraná, em se tratando de mercado de trabalho, fechou o primeiro trimestre deste ano em uma situação privilegiada na comparação com as outras unidades da federação. O estado fechou março com a terceira menor taxa de desemprego do Brasil e ainda tem o segundo maior porcentual de empregados com carteira de trabalho assinada.
A pesquisa do IBGE mostra que o Brasil fechou os três primeiros meses de 2020 com crescimento na taxa de desemprego, que chegou a 12,2%, subindo 1,3 pontos porcentuais em relação ao 4º trimestre de 2019. No Paraná, a alta foi de 0,6 pontos porcentuais, com a taxa de desocupação subindo de 7,3% para 7,9% no mesmo período.
Já quando considerada a comparação do 1º trimestre de 2020 com o 1º trimestre de 2019, os dados são mais alentadores. No País, houve queda de 0,5 p.p - ou seja, no mesmo trimestre de 2019 a taxa de desocupação era de 12,7%. No Paraná, a variação foi de -0,9 p.p. - apenas os estados do Acre (-4,5 p.p), Mato Grosso do Sul (-1,8 p.p.), Pernambuco (-1,6 p.p.), Santa Catarina (-1,6 p.p.) e São Paulo (-1,3 p.p.) tiveram resultado mais positivo.
Dessa forma, temos que as menores taxas de desocupação de todos o país se verificam nos estados de Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%). Na outra ponta, as maiores taxas foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas e Roraima (16,5%).
Paraná tem o segundo maior porcentual de trabalhadores com carteira no setor privado
Outra boa notícia aos paranaenses trazida pela pesquisa do IBGE é que o estado apresenta o segundo maior porcentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, com 82,1%, atrás apenas de Santa Catarina (88,8%) e logo à frente de São Paulo e Distrito Federal, ambos com 81,2%. Por outro lado, os estados do Maranhão (48,3%), Piauí (53,9%) e Pará (54,5%) apresentam a menor taxa de formalidade do país.
Um em cada quatro trabalham por conta própria
O trabalho por conta própria segue em crescimento no estado, ao ponto de 24,4% da população ocupada - ou seja, quase um quarto dos trabalhadores - se enquadrarem nessa categoria. No país, o porcentual é de 26,2%, em média, sendo que as unidades da federação com os maiores percentuais foram Amapá (39,5%), Pará (35,2%) e Amazonas (34,3%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,3%), São Paulo (21,9%) e Santa Catarina (22,9%).