A pandemia fez o varejo paranaense recuar 10% no primeiro semestre de 2020 segundo dados da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Os setores mais afetados são os que comercializam bens considerados não essenciais. No acumulado de janeiro a junho os ramos com maiores perdas foram óticas, cine-foto-som (-48,54%), vestuário e tecidos (-41,22%), calçados (-37,47%), livrarias e papelarias (-33,11%), lojas de departamentos (-24,31%) e concessionárias de veículos (-14,18%).
Apenas os supermercados e as farmácias tiveram aumento nas vendas no primeiro semestre, com alta de 6,11% e 1,99%, respectivamente.
Com a reabertura e flexibilização das medidas de circulação, alguns segmentos do varejo retomaram o movimento e tiveram aumento no faturamento na comparação com o mês de maio, somando 3,09% no total do Paraná. São eles: móveis, decorações e utilidades domésticas (21,56%), livrarias e papelarias (12,30%), concessionárias de veículos (10,06%), óticas, cine-foto-som (7,97%), materiais de construção (6,27%), autopeças (4,23%) e farmácias (2,93%).
Na comparação com junho de 2019, o setor terciário paranaense teve baixa de 4,78%. No entanto, houve setores que apresentaram elevação no faturamento, tais como móveis, decorações e utilidades domésticas (31,24%), autopeças (9,08%), materiais de construção (8,34%) e supermercados (3,88%).
Análise regional
O comércio de Maringá foi o mais prejudicado pela crise provocada pelo coronavírus, somando perdas de 20,09% no primeiro semestre. A região Oeste (-13,52%), Londrina (-12,62%) e o Sudoeste (-11,35%) também tiveram retração acima da média estadual. Em Curitiba e Região Metropolitana o comércio acumulou redução de 6,38%. Já Ponta Grossa foi a região menos afetada pela pandemia, com queda de 4,77%.
Já na variação mensal, Maringá teve aumento de 9,45% nas vendas na comparação com maio, bem como a região Oeste (8,28%), Curitiba e RM (2,05%) e Londrina (0,72%). Por outro lado, o Sudoeste registrou redução de 3,20% em junho e Ponta Grossa, queda de 2,14%.
Essa variação nas vendas entre as regiões se deve às diferentes metodologias de combate à pandemia aplicadas pelas administrações municipais.