Computação em nuvem, automação de processos robotizados, inteligência artificial e aprendizagem de máquina. Uma nova classe de disruptores digitais está transformando a área de finanças e deixando os CFOs mais conectados do que nunca. Com isso, aumenta a quantidade de desafios, pois é preciso encontrar novas formas de participar, se conectar a líderes empresariais, gerar resultados de receita e gerenciar riscos. No entanto, mesmo com tantas tecnologias disponíveis, estamos bem longe de ver os robôs governando Wall Street e CFOs tradicionais serem substituídos pela máquina.
Mas o que boa parte dos analistas concorda é que a tecnologia desempenhará um papel fundamental no aumento da velocidade e na eficiência das tarefas relacionadas às finanças, facilitando o acesso a informações para tomada de decisão. E, embora estejam em alerta, reimaginando seus papeis frente às disrupções digitais, os CFOs começam a enxergar a tecnologia como uma aliada, principalmente nesse período de aumento do volume de dados.
Mudança fundamental
De fato, as disrupções digitais têm dado às finanças uma oportunidade única para melhorar a produtividade e a qualidade em todo o negócio. Uma pesquisa da consultoria EY com 769 CFOs e líderes de finanças de 32 países mostrou que 69% dos entrevistados acreditam que o papel do líder de finanças está passando por uma mudança, e as tarefas tradicionais são automatizadas ou gerenciados em centros de serviços compartilhados.
No entanto, para usufruir de todo o potencial da transformação digital, as organizações financeiras devem seguir o caminho da crescente demanda por locais de trabalho digitais, implantações flexíveis em nuvem e colaboração entre áreas e departamentos. Uma estratégia digital em negrito deve permitir que os profissionais de finanças compartilhem informações, tomem decisões conectadas e baseadas em dados.
Os CFOs, hoje, já reconhecem a urgência e a importância de aceitar a transformação digital. A maioria dos profissionais sabe que, a menos que a adoção da tecnologia esteja aliada à estratégia dos negócios, as equipes tradicionais ainda têm dificuldades de enxergar o real valor das mudanças. Mas, não há segredo: a tecnologia ajudará os profissionais de finanças a se aprofundar em uma quantidade, cada vez maior, de dados criados para encontrar tendências latentes, fornecendo aos CFOs e seus parceiros de negócios insights acionáveis ligados às informações e riscos críticos.
A conexão é a chave. As equipes de finanças podem trabalhar em parceria com a de vendas e definir modelos que funcionem. Assim, é possível oferecer ao cliente final uma experiência real. Eles também devem aproveitar a colaboração e ferramentas de integração de sistemas para tornar o processo em tempo real mais preditivo.
Plano para uma organização financeira mais inteligente
O avanço da tecnologia disruptiva acontece quando as empresas estão voltadas para o futuro, com o objetivo de projetar um modelo operacional que equipe pessoas para a nova economia digital. E os analistas concordam: será necessário melhorar parceria e habilidades para alinhar os esforços financeiros com o negócio, já que o objetivo de uma organização é tornar mais ágil e inovadora, para se adaptar ao aumento das demandas dos clientes da era digital. É fundamental, portanto, que as finanças e a área de negócios se comuniquem para otimizar processos e desenvolver estratégias que criem valor para toda a cadeia – o negócio, os clientes e os clientes dos clientes.
A curiosidade intelectual e a capacidade de fazer perguntas comerciais e operacionais adequadas serão os atributos fundamentais de um grande parceiro comercial de finanças. O resultado dessa mudança de paradigma nas operações financeiras é que o investimento digital impulsionará aumentos significativos na satisfação do cliente.
A mudança da transformação digital é tão rápida, que enfrentar a volatilidade e a incerteza será o novo 'normal' para os CFOs, e não há dúvida de que a tecnologia - envolvendo as pessoas adequadas para aproveitar seus benefícios - desempenhará um papel fundamental na transformação da função de gestor de finanças nos próximos anos.