Depois do avanço registrado por causa da pandemia, a demanda por seguros de vida deve cair nos próximos meses, acompanhando o recuo nos casos de Covid no país.
"O brasileiro não tem uma cultura de contratação de seguro muito sofisticada. Ninguém acorda querendo comprar um seguro de vida. O mercado reage muito a momentos de crise", diz Manes Erlichman, diretor da Minuto Seguros, corretora da Creditas.
O cenário de queda na renda dos brasileiros também deve afetar a procura por seguros, mas Erlichman avalia que o volume não retorna aos baixos níveis pré-pandemia, apesar da tendência de recuo.
"A capacidade de penetração é gigantesca. Só 5% a 10% das pessoas têm seguro de vida. É um ramo que interessa muito para as seguradoras", diz.
Em abril do ano passado, em um momento de pico da Covid, a busca por seguros de vida cresceu 150% na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo levantamento da Creditas com sete seguradoras parceiras, como Allianz e Bradesco.
Na onda da ômicron, no início do ano, a procura subiu mais uma vez, com alta de 57% na comparação com janeiro de 2021. Nos meses seguintes, a demanda oscilou.