Um dos setores mais afetados pela crise econômica do país é a indústria automotiva, que enfrenta dificuldades em sua linha produtiva.
Como consequência, a produção de automóveis não tem acompanhado a demanda, uma das razões que deve fazer o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ficar mais caro em 2022.
Com aumento do preço base dos veículos, o imposto que incide sobre eles também acaba subindo, explica a economista e professora do Insper Juliana Inhasz. “É importante ressaltar que isso não significa o valor maior da alíquota, que é a porcentagem que a gente paga, mas sim do valor final que sairá do no nosso bolso”.
Quanto à crise dos semicondutores — que alavancou os preços médios dos carros novos do Brasil de R$ 83 mil em abril de 2020 para R$124 mil em setembro deste ano –, a professora afirmou que, com a regularização do mercado, os preços podem se estabilizar.
“Todos os produtos eletroeletrônicos acabam precisando desses componentes semicondutores, e essa produção ainda não está normalizada. É um mercado que ainda está sofrendo bastante, e o aumento da taxa de câmbio afeta bastante o setor”.
A economista afirma que a organização é a melhor saída para contornar a situação. “A melhor dica no momento é que as pessoas paguem o IPVA no prazo, seja ele parcelado ou à vista, para não incidir em multa e em juros”, disse.
Juliana alertou ainda para as bonificações de fim de ano. “No final do ano, as pessoas recebem o 13º salário, tem gente que tira férias e recebe adicional. O ideal é que as pessoas se organizem para não acabar ficando em uma situação complicada, não há como não pagar o IPVA”, diz.
E para saber quanto guardar para se preparar com a despesa extra em 2022, Juliana afirmou que “o ideal é que as pessoas saibam o valor médio de mercado dos seus veículos. Para fazer isso, elas precisam buscar a tabela Fipe de setembro de 2021, que vai ser o valor que o governo vai usar para calcular o IPVA”.