O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, nesta terça-feira, um novo sistema para localizar e bloquear ativos de devedores com dívidas reconhecidas na Justiça. Chamado de Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), a ferramenta já está em operação e substituirá o Bacenjud, criado em 2000.
Pelo novo sistema, poderão ser bloqueados tanto valores em conta corrente, como ativos mobiliários, como títulos de renda fixa e ações.
Além disso, o Sisbajud permitirá que os juízes solicitem às instituições financeiras informações dos devedores como: cópia dos contratos de abertura de conta corrente e de conta de investimento, fatura do cartão de crédito, contratos de câmbio, cópias de cheques, além de extratos do PIS e do FGTS.
— Essa substituição se justifica pela necessidade de se incluir novas e importantes funcionalidades, o que já não era mais possível com o Bacenjud, por força das limitações técnicas decorrentes da natureza das tecnologias nas quais o sistema fora originalmente programado — explicou o presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli.
Ainda de acordo com o conselho, o Sisbajud vai possibilitar que as contas de pagamento sejam alcançadas pelas decisões judiciais e permitir que o magistrado registre a quantidade de vezes que a mesma ordem terá que ser reiterada até o bloqueio do valor necessário.
O procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano, disse que os novos procedimentos vão dar mais agilidade aos processos.
— Nós vamos evitar o retrabalho do próprio magistrado e do poder Judiciário, que não vão ter que ficar revisitando o sistema para fazer reiteração de comunicação de bloqueio — afirmou.
O Sisbajud foi desenvolvido pelo CNJ, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Banco Central. A migração de dados entre os sistemas ocorrerá entre os dias 5 e 7 de setembro. No próximo dia 8, o Bacenjud será retirado do ar.