Ju-ven-tu-de: quatro sílabas que representam, no sentido figurado, energia, vigor e viço. Aquilo que temos fisicamente durante um período da vida, mas lutamos para conservar no coração até o fim dela. Hoje, 12 de agosto, é comemorado o Dia Nacional da Juventude, e o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) mantém a sua energia renovada, há mais de 20 anos, por meio do Programa Jovens Lideranças Contábeis, o CFC Jovem.
O programa acredita na integração dos estudantes e dos jovens profissionais recém-chegados ao mercado de trabalho e também ao Sistema CFC/CRCs para trazer uma nova perspectiva à profissão. Além disso, o CFC Jovem busca implementar nas gerações futuras a cultura empreendedora de transformar a profissão em formas polivalentes em sua execução e na conscientização cada vez mais presente da responsabilidade social perante a sociedade.
“Satisfação e gratidão”, diz o coordenador do CFC Jovem, Weberth Fernandes, sobre liderar o programa. “Esses são sentimentos que nutrimos a cada dia por acreditarmos de forma concreta que o projeto para a juventude contábil brasileira é realidade e que transforma e norteia aqueles que buscam a profissão contábil como fator de transformação de suas vidas e da sociedade”, completa ele.
Para o vice-presidente de Política Institucional do CFC, Joaquim Bezerra, é preciso que os profissionais da contabilidade estejam unidos para promoverem as transformações que o Brasil necessita, visando a um desenvolvimento mais sustentável do País, como o CFC Jovem, que já vem atuando nos âmbitos social e político. “O CFC Jovem apresenta aos futuros profissionais da contabilidade a grandeza e as inúmeras possibilidades que a profissão possibilita para a transformação social e econômica na sua execução” enfatiza Joaquim.
Sistema que inspira
O primeiro estágio foi no ensino médio e já foi na área. Ela era responsável por preparar toda a documentação a ser enviada para o escritório de contabilidade e também pela gestão da folha de pagamento. No início da graduação, optou por trabalhar em um escritório de contabilidade, mas surgiu a oportunidade de estagiar no setor de fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade do Mato Grosso do Sul (CRCMS). Foi de estagiária a Fiscal.
“Creio que, entre os projetos que desenvolvi ao longo dos anos fazendo parte do Sistema CFC/CRCs, o primeiro foi evoluir como líder, pois comecei na liderança contábil na cadeira da universidade, representando a turma e compondo a comissão de festa de formatura. Além disso, participei de todos os Encontros Nacionais de Estudantes de Ciências Contábeis possíveis, oportunidades nas quais conheci diversos líderes estudantis à época e que hoje são líderes em nossa profissão”, conta Patrícia Castro, mestre em Ciências Contábeis.
Na graduação, durante sua caminhada no Movimento Estudantil em Ciências Contábeis, elaborou com outros colegas o projeto “Integração Estudantil”, apresentado ao CFC por meio da Federação Nacional de Estudantes. O objetivo era chamar a atenção dos jovens estudantes, “pois as atividades do Sistema CFC/CRCs estão voltadas para a regulamentação e fiscalização da profissão, ou seja, para os profissionais a base que está nos jovens estudantes”, destaca Patrícia.
O projeto foi aprimorado e, a partir dele, nasceu o “Projeto Jovens Lideranças Contábeis”, o CFC Jovem. “Fiz parte da história e sou uma defensora do desenvolvimento de novos líderes. Quem trabalha nas comissões ganha muito aprendizado e desenvolvimento pessoal, além de ter a oportunidade de contribuir com a profissão e ampliar o networking”, garante ela. “Ademais, dialogamos com os representantes da nossa classe, como os presidentes do CFC, CRCs, Abracicon, FBC, Ibracon, Fenacon, entre outros, expressamos o nosso ponto de vista e compreendemos o que é e não é possível”, completa.
Atualmente, o CFC Jovem está presente nos 27 estados da Federação e no Distrito Federal. Além da Comissão Nacional, com a participação de um membro de cada região do País, o programa tem as Comissões Estaduais, presentes nos Conselhos Regionais Contabilidade (CRCs), que executam os projetos.
Estima-se, de acordo com o coordenador Weberth Fernandes, um público de 150 mil jovens, que de alguma forma está presente na classe contábil brasileira por meio dos vínculos educacionais ou profissionais.
Na época acadêmica, Patrícia sempre achou o máximo tirar foto com os palestrantes ao final dos eventos. Hoje, seu esforço e contribuição são reconhecidos por eles. “Tenho a honra de ser convidada a opinar sobre algo ou alguma questão. E isso veio com muito trabalho e dedicação”, conta, orgulhosa, Patrícia.
Ela divide o amor pelas Ciências Contábeis com a docência. “Ser docente é compartilhar o conhecimento com aqueles que nos sucederão. Ser voluntária é devolver à sociedade o que a profissão tem me dado e ter a certeza de que eu fiz algo para melhorar essa belíssima profissão. Por mais que meu nome possa ser esquecido no futuro, sei que já fui e sou a inspiração de alguém”, afirma ela.
Conhecimento recebido e repassado
Entre essas pessoas, está a profissional da contabilidade e coordenadora do CRC Jovem do Amazonas, Márcia Regina, que é membro do programa desde 2017. “Hoje, desenvolvo um trabalho de liderança, auxiliando o recém-formado a ingressar no mercado de trabalho e no Sistema CFC/CRCs”, conta Márcia. “Mostro como é importante desenvolver suas totais competências e trago eles uma nova perspectiva à profissão”, reforça.
Márcia fez o curso de técnico em contabilidade em 1997, mas o amor pela profissão foi tanto que 20 anos depois ela voltou para a universidade para graduar-se em Ciências Contábeis. Atualmente, é empresária no ramo do comércio. “A contabilidade me ajudou a ter sucesso nos meus negócios, foi aí que percebi que poderia ajudar outros empresários a crescer e fortalecer seus negócios por meio de assessoria contábil”, esclarece.
Assim, no CRC Jovem Amazonas, Márcia desenvolveu pessoas e também ampliou seus conhecimentos. Aproximou-se de colegas da classe que contribuem para que o exercício da profissão se torne mais colaborativo. “De uma forma geral, pertencer ao Sistema CFC/CRCs agregou muito conhecimento e contribuiu, com certeza, para que eu me tornasse a profissional que sou hoje”, comemora.
Esta é exatamente uma das premissas do CFC Jovem: convicção que, para novos desafios, se fazem necessárias novas lideranças. “Dessa forma, a classe contábil brasileira e a sociedade estarão bem representadas pela juventude contábil”, afirma o coordenador Weberth Fernandes.
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