O consumo nos lares brasileiros recuou 2,33% na passagem de julho para agosto, informou nesta quinta-feira, 14/10, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Esta foi a quinta queda mensal registrada no ano.
Na comparação com igual mês de 2020, o consumo também fechou com variação negativa, de 1,78%. O acumulado de 2021, porém, segue positivo em 3,15%.
De acordo com a Abras, o número reflete fatores externos e internos, como a alta da inflação, que até agosto acumulou 5,67%, e o desemprego. "Câmbio, geadas e a população com bolso mais restrito tiveram influência no resultado de agosto", afirmou Marcio Milan, vice-presidente da associação.
O setor, porém, mantém o otimismo e aposta em datas de grande consumo, como o Black Friday e o Natal. “Apesar dessa desaceleração, estamos confiantes e manteremos nossa projeção inicial de crescimento de 4,5% para 2021”, diz Milan.
Cesta Abrasmercado
Em agosto, o gasto com produtos da cesta Abrasmercado, que abrange 35 produtos de largo consumo nos supermercados, manteve a tendência de alta, fechando o mês em R$ 675,73, com aumento de 1,07% em relação a julho/2021.
No comparativo com igual mês do ano passado, o crescimento foi de 22,23%.
A batata, café torrado e moído e frango congelado registraram as maiores altas, subindo 20,9%, 10,7%, 7,1%, respectivamente. O sabonete e o ovo também configuram na lista com avanço de 4,3% e 3,7%.
As maiores quedas são da cebola (-4,9%), refrigerante pet (-2,8%), tomate (-2,3%), farinha de mandioca (-1,7%) e feijão (-1,5%).