O Brasil permanece como o 8º país com maior potencial para crescimento do setor segurador pelo terceiro ano consecutivo, segundo o “Índice Global de Potencial Segurador” (GIP), desenvolvido pela Mapfre Economics, área do Grupo dedicada a pesquisas e análises sobre seguros, previdência, macroeconomia e finanças. No ranking, que analisou 96 mercados, o País sustentou o oitavo lugar nos segmentos Vida e Não Vida, mantendo-se estável em relação ao levantamento anterior, divulgado em outubro de 2020.
“O GIP mostra que, além de seu valor social de proteção às pessoas, patrimônios e empresas, o seguro tem um peso específico nas economias, tanto nas desenvolvidas como nas emergentes. E mesmo diante de tantas adversidades causadas pela pandemia, o Brasil sustentou seu grande potencial para o desenvolvimento do mercado segurador”, comenta Fernando Pérez-Serrabona, CEO da Mapfre Brasil.
De acordo com o executivo, as oportunidades para a cultura do seguro seguir sua trajetória de crescimento já fazem parte do dia a dia do mercado brasileiro. “Vivemos uma sociedade cada vez mais consciente em planejar seu futuro, sua sucessão e a proteção de seu patrimônio“, acrescenta.
Segmento Vida
O estudo mostra que, em 2020, o potencial de seguro referente a cada um dos países que ocupam as dez primeiras posições do ranking teve leve aumento em relação ao registrado em 2019. Os dez principais países do ranking em 2020 representam 69,3% do seguro global potencial medido por meio do GIP, sendo que mais da metade desse potencial é atribuído a cinco mercados (China, Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão). Em 2019, essas nações representavam cerca de 66%.
Segmento Não-Vida
Na área de Não-Vida, cinco países (China, Estados Unidos, Índia, Japão e Indonésia) concentram 56,3% do mercado potencial, 1,3% a mais que no ano anterior. Outras cinco nações (Rússia, Alemanha. Brasil, Reino Unido e Turquia) respondem por, aproximadamente, 11,2% do potencial desse segmento de seguro, índice considerável estável em relação ao ano a passado (12%), mesmo diante da leve queda de 0,8%. Vale ressaltar que o Reino Unido não figurava entre os 10 primeiros em 2019, trocando de lugar com a França – que passou para a 12ª posição.
O GIP é a primeira métrica internacional que apresenta os países com mais possibilidades de crescimento para a indústria seguradora em médio e longo prazos.
O índice se baseia na Estimativa da Abertura de Proteção do Seguro (BPS), que representa a diferença entre as coberturas de seguros que são economicamente necessárias e benéficas para a sociedade e o valor dessas coberturas efetivamente adquiridas.
O conceito se modifica em função do crescimento da economia e da população de um país e do surgimento de novos riscos inerentes ao desenvolvimento econômico e social.
No estudo mais recente, essa diferença atingiu 5,67 trilhões de dólares em todo o mundo e está dividido em 68,1% para o BPS do segmento Vida e os 31,9% restantes correspondente ao segmento Não Vida (3,86 e 1,81 bilhões de dólares, respectivamente).
“Em termos gerais, os impactos gerados pela pandemia afetaram menos o segmento Não-Vida do que o segmento Vida. Portanto, a taxa de penetração tem sido maior e a contração do BPS tem sido maior em Não-Vida do que em Vida”, avalia Manuel Aguilera Verduzco, diretor-geral da Mapfre Economics. “Junto com o efeito anterior sobre os prêmios, devemos acrescentar o maior impacto negativo que a pandemia teve sobre o PIB mundial – que tem respondido com mais imediatismo em sua queda e que foi transferido por efeito indireto em uma taxa de penetração mais elevada”, conclui.