Uma pesquisa sobre intenção de consumo na Black Friday mostra que 32% dos brasileiros devem comprar produtos que estiverem mais baratos mesmo que isso gere dívidas. Mesmo com a inflação em alta, sete em cada dez pessoas afirmaram que planejam fazer alguma compra durante a data.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Locomotiva a pedido da Fiserv, empresa de pagamentos e tenologia de serviços financeiros.
Dos 70% que irão consumir, 27% disseram que estão dispostos a comprar nesta edição, enquanto 42% afirmaram estar muito dispostos. O dia de promoções, que já está entre as datas mais importantes para o comércio, ocorre nesta sexta-feira (26), mas ofertas já estão disponíveis em grandes redes de comércio físico e eletrônico.
A pesquisa ouviu 1.500 pessoas com mais de 18 anos e acesso à internet, de 29 de outubro a 3 de novembro.
Mesmo com previsões pessimistas para a data deste ano, um apontamento da pesquisa é que quase metade da população (43%) espera pelo evento para adquirir produtos com preços mais baratos.
Segundo o levantamento, 44% declararam fazerem buscas e compras online durante a data; 30% procuram informações e promoções online, mas compram em lojas físicas; 11% procuram informações em lojas físicas, mas comprando no digital; e 10% pesquisam e compram em lojas físicas.
O Pix é o meio de pagamento que mais deve ser utilizado, apontado por 49% das pessoas que pretendem fazer compras. Logo atrás vem o cartão de crédito tradicional (44%), seguido de cartão de crédito em sites (41%), dinheiro em espécie (26%) e cartão virtual (23%).
A projeção é que a categoria de roupas seja a mais procurada na Black Friday (46%), seguida de eletrônicos (44%), calçados (37%) e celulares (34%). Historicamente, roupas e eletrônicos estão empatados como os produtos mais comprados, mas a pandemia ampliou a busca de itens eletrônicos já em 2020.
De acordo com projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), as vendas deste ano devem cair pela primeira vez em cinco anos. A data pode movimentar R$ 3,93 bilhões, o maior patamar nominal de vendas (sem levar em conta a inflação) desde que o evento foi incorporado ao varejo nacional, em 2010.
Com o desconto da inflação, no entanto, o volume projetado para 2021 representa queda de 6,5% frente ao ano passado, a primeira retração desde 2016.