As vendas no comércio varejista subiram 8% em junho na comparação com o mês anterior, mostra Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira. Foi o segundo mês consecutivo de alta na comparação mensal, após as quedas históricas registradas em março e abril, mas ainda longe de recuperar as perdas acumuladas na crise.
Além da base de comparação, fatores como o processo de flexibilização do isolamento social em praticamente todo o país e o auxílio emergencial influenciaram no bom desempenho do comércio em junho. Vários comércios reabriram no período, além de se aproveitarem da maior movimentação nas ruas.
- Os resultados positivos eram esperados porque viemos de uma base de comparação muito baixa, que foi o mês de abril (-17%). Esse crescimento, então, foi praticamente generalizado, distribuído em quase todas as atividades - resslta Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.
Economistas dão como certo o crescimento da economia no terceiro trimestre deste ano, na comparação os três meses encerrados em junho, diante da base de comparação frágil.
A dúvida está sobre quando o país irá recuperar o patamar pré-pandemia. A alta no desemprego, junto com a queda na renda disponível da economia podem minar a recuperação da economia principalmente no quatro trimestre, quando espera-se que a economia esteja próxima da normalidade. Com menos recursos disponíveis, menos consumo.
Além disso, o fim do auxílio emergencial de R$ 600 e das medidas adotadas do governo para diminuir a queda da economia podem influenciar na recuperação. O setor hoje contribui com cerca de dois terços da produção econômica total do país.