Vendas do comércio têm alta de 1,2% em julho

Fonte: O Estado de S.Paulo
10/09/2021
Vendas

As vendas do comércio varejista no País cresceram 1,2% em julho, na comparação com o mês anterior, na quarta taxa positiva consecutiva. Com o resultado, o setor atingiu patamar recorde na série histórica, iniciada em 2000. No ano, o varejo acumula crescimento de 6,6% e em 12 meses, de 5,9%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho de 2020, as vendas avançaram 5,7%, quinta taxa positiva seguida. 

“Apesar do avanço, algumas atividades ainda não conseguiram recuperar as perdas na pandemia, como é o caso de equipamentos e material para escritório, que ainda está 26,7% abaixo do patamar pré-pandemia, ou combustíveis e lubrificantes, que está 23,5% abaixo”, analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

O IBGE revisou o resultado das vendas do varejo em junho ante maio, de queda de 1,7% para alta de 0,9%. Segundo Sandos, a revisão acentuada é decorrente do modelo de ajuste sazonal dos dados, que tem sido afetado pro mudanças no padrão de consumo das famílias por causa da pandemia. No varejo ampliado, a taxa de junho ante maio passou de recuou de 2,3% para queda de 2,1%.

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram taxas positivas em julho, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 19,1%. “Vemos uma trajetória de recuperação dessa atividade, que acaba por fazer grandes promoções e aumentar a sua receita bruta de revenda, num novo momento de abertura e maior flexibilização do isolamento social, o que gera maior aumento da demanda”, explica Santos.

Tecidos, vestuário e calçados (2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) também avançaram. As atividades de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de apenas 0,2%, e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com leve alta de 0,1%, ficaram estáveis na avaliação do IBGE. 

Por outro lado, tiveram queda no mês os segumentos de livros, jornais, revistas e papelaria (-5,2%), móveis e eletrodomésticos (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 1,1% em julho, frente a junho. Esse aumento foi puxado pelo setor de veículos, motos, partes e peças (0,2%), enquanto material de construção variou negativamente (-2,3%).

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