As vendas do comércio varejista recuaram 0,1% em outubro ante setembro, na terceira queda seguida. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o recuo foi de 7,1%. No ano, o varejo acumula alta de 2,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação pressionada, com o IPCA acima de 10% no acumulado em 12 meses, pesou sobre as vendas do varejo. O instituto destacou que “a inflação continua exercendo impacto nos indicadores, uma vez que a variação de receita nominal de vendas do varejo é positiva”. A receita nominal do varejo restrito avançou 0,7% ante setembro, segundo o IBGE.
Entre as atividades pesquisadas, as variações mais intensas em outubro ante setembro foram registradas pelos setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), móveis e eletrodomésticos (-0,5%), combustíveis e lubrificantes (-0,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).
As que cresceram no período foram tecidos, vestuário e calçados (0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,6%). “A atividade de tecidos, vestuário e calçados foi uma das que mais caíram no início da pandemia. Houve uma queda intensa de março para abril do ano passado e o padrão de consumo não voltou depois disso”, analisa Santos.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 0,9% em relação a setembro. Nessa comparação, o segmento de veículos, motos, partes e peças caiu 0,5%, enquanto o de material de construção recuou 0,9%.
Em relação a outubro de 2020, o varejo ampliado caiu 7,1%, com recuo de 4,0% no segmento de veículos e de 13,7% em material de construção.