Com a pandemia e a busca maior por seguros de vida, seus benefícios e os diferentes tipos, o assunto passou a ganhar destaque e tem gerado interesse para todas as faixas etárias. Antes de mais nada, vale esclarecer que um seguro de vida convencional, contratado geralmente em um banco, tem vigência anual, e, neste caso, se acontecer alguma novidade no risco, a instituição deve ser informada para que seja feita uma renovação. Esse é um detalhe extremamente importante, e que muitas vezes o segurado não dá a devida importância, o que pode provocar problemas para a família no momento da indenização.
Existem vários tipos de seguros de vida: o temporário, o de vida inteira, o dotal e o universal. Além desses, também há os seguros de vida em grupo e os que cobrem acidentes pessoais. Este artigo explica como funciona cada um.
Seguro de Vida Temporário: De acordo com a sua necessidade de cobertura, o segurado pode contratar um seguro de vida com prazo de vigência maior do que um ano, diminuindo os riscos no período e, consequentemente, os custos na contratação. Um Seguro de Vida Temporário pode ser uma excelente ferramenta de proteção em uma fase de vida onde a renda é essencial à família e deve ser protegida.
Seguro Vida Inteira: Trata-se de um tipo de seguro que mantém a cobertura por toda a vida. Ao contratá-lo, acumula-se também uma poupança ao longo dos anos e chega um momento onde se tem que escolher entre sacar toda a poupança ou continuar tendo o seguro. Mas, por outro lado, a poupança também pode custear a cobertura do seguro por um tempo determinado, sem que o segurado precise pagar mensalmente. Mas isso, porém, tornará o seguro finito quando esse custeio acabar. São alternativas que podem ocorrer durante a vida para garantir a tranquilidade.
Seguro de Vida Dotal: Com um nome não muito conhecido, o Seguro de Vida Dotal é um tipo de seguro resgatável que mistura o seguro temporário com o seguro vida inteira. No Dotal se estipula um prazo de cobertura, só que também acumula uma poupança bem parecida com o seguro ‘vida inteira’. Trata-se de uma ferramenta de proteção e não de investimento.
Seguro de Vida Universal: Finalmente lançado no Brasil, oriundo dos EUA, o seguro Vida Universal reúne as melhores características de todos os seguros de vida em apenas um produto. Em termos de flexibilidade e relação custo-benefício ao cliente, esse produto faz muito sentido, pois o componente de poupança do Vida Universal se torna um fundo de Previdência Privada de verdade e faz muita diferença no futuro. O cliente pode pagar o seguro por meio de uma portabilidade de previdência ou se em algum momento não precisar mais da cobertura do seguro, transferir o saldo para um vgbl.
Seguro Vida em Grupo: Ideal para empresas, muitas vezes esse seguro é determinado pela própria Convenção Coletiva de Trabalho de determinadas categorias profissionais ou como benefício aos funcionários. A vigência é de um ano e o risco da apólice deve ser reavaliado para renovação. Existem várias modalidades diferentes e interessantes do Seguro Vida em Grupo.
Seguro Vida de Acidentes Pessoais (AP): Destinado a “situações” que podem acontecer por acidente: morte acidental; invalidez acidental; despesa hospitalar coberta; entre outras coberturas. É importante saber que neste seguro não existem coberturas para morte natural. É um seguro interessante, mas não deve ser a única cobertura de vida que se deva ter.
Podemos perceber que existe uma série de seguros de vida, que devem ser escolhidos de acordo com as suas necessidades atuais e futuras. É ele que vai garantir a sua proteção e a sustentabilidade financeira e social que a sua família merece.
Coberturas de seguro em vida
Mas como funcionam as coberturas em vida? A dúvida tem se tornado cada vez mais comum no último ano, com o aumento dos jovens contratando seguros de vida. É natural que ao contratar seguro de vida, a primeira cobertura que nos venha à mente seja a de morte. Mas, o produto vai muito além disso e oferece coberturas para necessidades que podem ocorrer em vida: como Invalidez (temporária ou permanente, funcional ou laboral); Doenças; Diárias de Internação; e Reembolso de Doenças Médicas e Odontológicas.
O IPA (Invalidez por Acidente) é voltado para cobrir situações em que a perda de funcionalidade ou perda do próprio membro, ocorridas por um acidente, sejam indenizadas por valores pré-acordados. Cada parte do corpo pode ter impacto diferente de acordo com cada profissão exercida pela pessoa contratante: um cirurgião que perde o polegar, um atleta que perde o pé, um fisioterapeuta que perde o movimento dos braços… Esses profissionais acabam sendo prejudicados no exercício de suas profissões e, por isso, existe a possibilidade de contratar a cobertura majorada, aumentando o valor da indenização.
Já o IFPD (Invalidez Funcional por Doença) cobre situações de perda de autonomia pessoal decorrentes de doenças cobertas na apólice, onde os segurados acabam precisando de ajuda para exercerem suas funções do dia a dia, como se alimentar , se comunicar ou se locomover. Para cobrir situações de invalidez temporária em relação ao trabalho, existe o DIT (Diária por Incapacidade Temporária). Nesse caso, independente do motivo ser acidente ou doença, o seguro oferece uma renda, que deve ser igual ou menor do que a renda que a pessoa gera em seu trabalho. É comum ter um período de espera (franquia) para acionar o seguro, evitando que o mesmo seja utilizado para problemas de saúde menos graves.
A cobertura de ‘Doenças Graves’ é uma cobertura por diagnóstico, que não tem relação direta com despesas de tratamento da doença. Caso seja diagnosticada alguma das doenças listadas na apólice, o segurado recebe o valor em dinheiro, que pode servir para melhorar a sua qualidade de vida, fazer adaptações na residência, pagar despesas não cobertas pelo seguro saúde ou complementar a renda. Câncer, AVC, insuficiência renal, perda da visão, audição ou fala, infarto, parkinson e alzheimer são algumas das doenças cobertas nesse tipo de produto.
Diária por Internação Hospitalar é uma cobertura de um valor pré-estipulado para cada dia que o segurado permanecer internado (não tem relação com a conta hospitalar). Se o seguro saúde cobrir as despesas de internação, esse produto pode servir para receber renda no período da internação. Já para os casos em que o segurado não tenha um Plano de Saúde, esse produto ajuda a pagar a conta do hospital.
A cobertura DMHO (despesa médica, hospitalar e odontológica) é muito utilizada por empresas como complemento às cobertura de saúde, quando o plano de saúde tem rede restrita à cidade onde o colaborador reside e precisa de cuidados médicos em uma viagem a trabalho, por exemplo. Neste caso , o segurado paga a despesa e solicita o reembolso.
São inúmeras as possibilidades de proteção para situações em que não temos controle, e conhecer essas diferentes opções de acordo com o que faz sentido para a sua vida é sempre o melhor caminho.