O varejo brasileiro terminou 2020 com crescimento de 1,2% nas vendas, mesmo com o impacto da Covid-19, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10).
O dado, no entanto, veio abaixo da expectativa do mercado, que esperava que o setor encerrasse o ano com alta de 5,5%, segundo analsitas ouvidos pela Bloomberg,
O resultado foi influenciado pela queda de 6,1% em dezembro —mês que tradicionalmente tem alta ans vendas, relacionadas ao Natal.
Foi o maior recuo para o mês de toda a série histórica, iniciada em 2000, e o segundo pior quando se leva em consideração todos os meses do ano, ficandoa trás apenas de abril de 2020, quando o setor sentiu o maior impacto da pandemia (-17,2% nas vendas).
A expectativa de analistas ouvidos pela Bloomberg era de um recuo de apenas 0,7% em dezembro.
Com a retração observada em dezembro, o varejo voltou ao mesmo patamar de fevereiro, último mês antes da eclosão da pandemia no Brasil.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa, afirmou que houve um crescimento acelerado desde abril que levou o setor a bater recordes de vendas. A base comparativa elevada, portanto, explica em parte o tombo de dezembro.
Na prática, isso significa que uma empresa média tinha em dezembro o mesmo nível de vendas de fevereiro, diz Santos.
O resultado do ano foi o menor nos últimos quatro anos. As vendas no varejo registraram altas de 2,1% em 2017, 2,3% em 2018 e 1,8% em 2019.