O varejo paranaense retomou o ritmo de crescimento e acumulou alta de 6,12% nas vendas em 2018. É o primeiro crescimento efetivo desde o início da crise econômica, em 2014. Em 2017 o comércio do Estado teve um tímido crescimento de 0,54% e nos anos de 2016 e 2015 o varejo amargou perdas de 3,08% e 8,79%, respectivamente. Os dados são da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
Os setores que mais se destacaram foram as concessionárias de veículos, com aumento de 28,47% nas vendas. As lojas de materiais de construção registram crescimento de 12,46%. Também tiveram elevação o ramo de óticas, cine-foto-som (9,26%) e as lojas de departamentos (9,07%).
Por outro lado, tiveram queda nas vendas os setores de combustíveis (-10,36%), calçados (-6,41%), vestuário e tecidos (-6,29%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (-6,15%).
Vendas de fim de ano
As vendas do Natal de 2018 foram 3,18% superiores a dezembro do ano anterior. Já na comparação com novembro, o comércio recebeu acréscimo de 8,74% no faturamento. Os setores que comercializam os tipos de presentes mais tradicionais para a época tiveram maior elevação nas vendas, tais como calçados (104,47%), vestuário e tecidos (90,16%), livrarias e papelaria (54,07%), lojas de departamentos (35,98%) e supermercados (21,63%).
Dados regionais
As regiões Oeste e Londrina mostraram altas expressivas nas vendas, com crescimento de 12,46% e 11,25%, respectivamente. Curitiba e Região Metropolitana teve aumento de 3,58%; Ponta Grossa, de 2,51% e Maringá, 1,81%. Somente a região Sudoeste apresentou queda de 5,14%.
Empregos
O varejo paranaense fechou 2018 com relativa estabilidade no quesito empregos, com leve diminuição de 0,48% no número de colaboradores em relação a 2017. Os setores que mais contrataram foram as lojas de departamentos (15,66%) e materiais de construção (6,25%).
Os trabalhadores do comércio tiveram elevação de 1,66% em seus salários no ano passado, principalmente por causa das comissões sobre as vendas, que foram maiores. Houve melhora na folha de pagamento das lojas de departamentos (12,42%), supermercados (9,72%), óticas, cine-foto-som (7,81%) e autopeças (5,77%).