Saiba como evitar a falência prematura de sua empresa

Fonte: Zero Hora
18/07/2016
Gestão

A labuta diária de pequenos empresários ficou mais árdua a partir de 2014, quando o desemprego deixou os consumidores sem dinheiro e a inflação esticou os gastos com mão-de-obra e matéria-prima. A cada cem empresas abertas no Brasil, 27 fecham nos primeiros dois anos, e quase metade não completa quatro anos.

Se a situação já é complicada para grandes companhias – C&A, Walmart e Marisa, por exemplo, tiveram de fechar lojas recentemente –, para os demais é pior. Com menor quantidade de clientes e opções restritas para tomar crédito, resta aos donos de pequenos negócios apostar na gestão para garantir fôlego à empresa.

– Na crise, é ainda mais importante ter planejamento. O empresário que não identificou desperdícios, resolveu as falhas na produção ou que ignora um plano de metas corre mais risco de quebrar – afirma o consultor de empresas Nelson Naibert, da Rosa Naibert Tributos & Finanças.

Para Naibert, os empreendedores precisam entender os próprios diferenciais, e, então, olhar para seus clientes e avaliar o que podem entregar. Quanto mais eficiente e inovadora for a solução, mais fácil será escapar da concorrência.

– Se a empresa vende quatro produtos, mas só um é realmente rentável, ela tem de investir no que dá lucro – exemplifica Naibert.

Leandro Vignochi, sócio da Exitus, empresa de Caxias do Sul que trabalha com gestão de projetos, acrescenta:

– O mais difícil para o ser humano é aderir a mudanças. Para as empresas, essa resistência pode ser fatal.

Vignochi pondera que as mudanças têm de ser cirúrgicas: um dos erros comuns dos empresários é cortar gastos sem critérios. Com isso, demitem bons profissionais – que podem ser importantes quando a economia voltar a crescer e a empresa se expandir no mercado – ou abrem mão de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

A própria Exitus reforçou estratégias para atravessar a crise. Passou a chamar consultores renomados para oferecer cursos gratuitos aos seus parceiros. A capacitação ensina os fornecedores a avaliar riscos e melhorar produtividade.

– Se o fornecedor estiver capacitado, entregará um serviço melhor e por preço mais competitivo – ressalta Vignochi. – É uma relação ganha-ganha.

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