O governo vai lançar a terceira fase do Pronampe, linha de crédito focada em micro e pequenas empresas, com mudanças em relação às duas primeiras etapas. Os juros devem ser maiores, segundo o governo.
O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, disse nesta quarta-feira, ainda, que o programa deve virar permanente.
— O Pronampe será um programa permanente — disse Costa.
Como o GLOBO informou, o governo deve aportar mais de R$ 10 bilhões no programa, mas com mudanças significativas em relação às fases anteriores.
Hoje, o programa garante até 100% das operações desde que todos os empréstimos feitos pela instituição não tenham uma taxa de inadimplência maior que 85%.
Com isso, as instituições não têm concedido muito mais do que o valor da garantia, inicialmente de R$ 15,9 bilhões e atualmente de R$ 27,9 bilhões, com o objetivo de manter a operação com risco muito baixo.
Agora, essa taxa de inadimplência irá cair para 25%. Além disso, a chamada “alavancagem”, ou seja, o valor concedido pelos bancos além da garantia do governo, será de quatro vezes. Assim, um aporte de R$ 10 bilhões pode fazer com o que os bancos concedam mais R$ 40 bilhões.
A consequência dessa mudança serão taxas de juros mais altas. Atualmente, a taxa é de Selic mais 1,25% ao ano. A nova taxa não ultrapassa um dígito, disse Costa.