O vazamento de chaves identificado no final de setembro pode até ter causado alguma preocupação, mas não foi suficiente para prejudicar o avanço do Pix. Um relatório do Banco Central mostra que, em 6 de outubro, quase 45 milhões de transações foram realizadas a partir desse sistema. Trata-se de um novo recorde para um único dia.
Para ser exato, o Pix registrou 44.765.258 transações no último dia 6, número que superou o recorde alcançado no dia 1º do mesmo mês (40.881.959 operações).
Note, porém, que o novo recorde diz respeito ao volume de transações realizadas em um único dia, não ao total de dinheiro movimentado com elas.
O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) — o “motor do Pix” — reporta que, no dia 1º de outubro, R$ 26.827.201,01 foram movimentados via Pix; em 6 de outubro, esse total ficou em R$ 25.643.478,26.
A relação entre o volume de transações e o total de dinheiro movimentado indica que, em 6 de outubro, o Pix obteve valor médio de R$ 572,84 por transação contra os R$ 656,21 registrados no dia 1º.
Restrições de segurança
À medida que o número de transações por Pix cresce, a preocupação com a segurança aumenta. Como reação, o Banco Central anunciou um conjunto de medidas de proteção que entrará em vigor em 16 de novembro.
Entre as novas medidas está o bloqueio cautelar, que pode reter uma transação via Pix por até 72 horas quando houver suspeita de irregularidades, e a ampliação do uso de informações vinculadas a chaves Pix para prevenção de fraudes.
Outra medida de segurança, esta em vigor desde 4 de outubro, estabelece o limite de R$ 1.000 para transferências realizadas entre 20:00 e 6:00. Essa é uma tentativa de coibir crimes envolvendo transferências via Pix. Somente o Estado de São Paulo registrou aumento de quase 40% nos registros de sequestro relâmpago desde que a modalidade de transferências foi lançada.