Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que 90,8% dos paranaenses estão endividados.
O percentual de fevereiro foi praticamente do mês de janeiro (90%), mas houve aumento com relação a fevereiro de 2018 (86,8%). O percentual elevado de consumidores endividados deve-se ao fato das festas características do fim do ano, que motivam gastos, e por consequência, elevam o endividamento. Material escolar, tributos e taxas com vencimento no início do ano também são fatores que pesam no bolso do consumidor.
Entre os endividados, 26,5% estão com contas atrasadas. Este aspecto teve melhora em relação a janeiro, quando 27,8% das famílias endividadas estavam com os débitos em atraso, bem como em relação a fevereiro do ano passado (29%). Os paranaenses que não terão condições de pagar ou quitar suas dívidas correspondem a 11,4%.
O indicador nacional de famílias endividadas foi de 61,5% e sofreu aumento comparado a janeiro (60,1%)e estabilizou diante fevereiro do ano anterior (61,2%). Contas em atraso somam 23,1% e falta de capacidade de pagamento, 9,2%.
As famílias com ganhos superiores a dez salários mínimos concentraram a maior parcela de endividados. O indicador chegou a 96,4% nesta faixa de rendimentos, ante 89,6% entre as famílias com renda até dez salários mínimos.
Em fevereiro, o índice de consumidores que podem ter seu cadastro de pessoa física (CPF) incluso no sistema de proteção de crédito, por causa de contas atrasadas há mais de 90 dias, aumentou quase 10% em relação ao mês anterior.
Dentre as famílias com contas atrasadas, em 54,1% dos casos esse atraso ultrapassa três meses, o que configura inadimplência. Em janeiro, os inadimplentes correspondiam a 49,3% dentre as famílias com contas em atraso. É o maior índice de inadimplência desde janeiro de 2017, quando 56,9% dos endividados com contas atrasadas estavam com restrições na praça.
O cartão de crédito é o tipo de dívida mais comum entre os consumidores do Estado, sendo apontado por 72,5%. Os financiamentos de imóveis e automóveis aparecem em seguida, com 9,1% e 8,8% do endividamento das famílias, respectivamente.