As micro e pequenas empresas criaram 587 mil novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil entre janeiro e março deste ano. Esse número representa 70% do total de empregos gerados no período.
A análise foi feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
As médias e grandes empresas foram responsáveis por 190 mil ocupações formais no período.
“A receita das micro e pequenas empresas para combater a crise causada pela pandemia é a geração de empregos. Quando comparamos com o 1º trimestre de 2020, os dados do Caged apontam que a evolução dos empregos gerados teve aumento de 400%. São números extremamente representativos da força dos pequenos negócios”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.
Setores em destaque
O setor de serviços foi o que mais criou vagas entre as micro e pequenas empresas, com 224,3 mil novos empregos formais.
As cinco atividades que apresentaram maior saldo líquido na geração de emprego foram:
- Transporte rodoviário de carga;
- Serviços de escritório e apoio administrativo;
- Locação de mão de obra temporária;
- Serviços de engenharia;
- Serviços para apoio a edifícios.
Depois, vem o setor da indústria, com 152,8 mil postos de trabalho, seguido do comércio, com 105,1 mil, construção civil, com 75,3 mil e, por último, a agropecuária, com 23,9 mil.
Recorte estadual
Os estados brasileiros que proporcionalmente mais contrataram graças aos pequenos negócios foram:
- Mato Grosso, com 56,1 novos postos de trabalho (a cada 1.000 já existentes);
- Rio Grande do Norte, com 49,7 (a cada 1.000 já existentes);
- Santa Catarina, com 48,9 (a cada 1.000 já existentes).
Já o Amazonas teve saldos negativos em janeiro e fevereiro, mas recuperou em março. Mesmo assim, o estado continuou com 3,3 novos empregos gerados a cada 1.000 já existentes.
Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera com 135 mil novas vagas no 1º trimestre deste ano.