A intenção de compra do brasileiro na Black Friday subiu 29% frente ao ano passado, mesmo com inflação acima de 10% e o desemprego em alta, de acordo pesquisa encomendada pela Facebook. O canal digital, de vital importância para os varejistas em 2020, segue ainda mais forte em 2021, segundo o levantamento.
O diretor-geral do Facebook no Brasil, Conrado Leister, explica que, mesmo com a retomada de serviços presenciais, o comprador prefere o comércio on-line pela praticidade — apenas 41% preferem lojas físicas.
— As pessoas continuam fazendo compras on-line porque descobriram uma conveniência. Vemos modelos não apenas de entregar em casa, mas de buscar na loja, buscar em um endereço específico, e maximizar a experiência das pessoas — afirma Leister.
As expectativas do mercado apontam para uma mudança na preferência dos compradores. Embora a Black Friday seja conhecida, no Brasil, como uma data de grandes promoções para eletroeletrônicos, a pesquisa mostra que a maioria dos compradores, ou 45%, está procurando acessórios, seguido por eletrônicos (44%), celulares (41%) e informática (40%).
O levantamento mostra que, para os compradores, é o preço que conta, tanto do produto quanto do frete. A busca por qualidade vem terceiro lugar na preocupação dos consumidores
Uma tendência de consumo observada em 2021 pelo Facebook é o fechamento de negócios não mais nos sites, mas dentro do WhatsApp. Essa é a preferência de 60% dos entrevistados em pesquisa feita pela empresa. Para pequenos negócios, o Instagram funciona como vitrine dos produtos, enquanto o WhatsApp atua como canal para tirar dúvidas.
Ainda não há como efetuar os pagamentos pelo WhatsApp Payments para negócios entre clientes e empresas. O Facebook informa que a modalidade deve começar a funcionar nos próximos meses, mas não garante que a função deve operar ainda em 2021. Essa inovação pode ajudar micro e pequenas empresas.
Na pesquisa, 50% disseram que pretendem dar preferência a negócios menores na próxima Black Friday. Os novos modelos de negócios on-line facilitam a aproximação:
— Tem uma audiência enorme, se pensar na quantidade de pessoas que vai usar o smartphone para comprar, e isso diminui bastante a barreira das pequenas empresas estarem nos lugares — afirma Leister.