A inflação registrou alta de 0,89% em novembro em relação ao mês anterior, divulgou nesta terça-feira (8) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento foi puxado novamente pelos alimentos e combustíveis.
No acumulado do ano, a inflação está em 3,13% e, em 12 meses, em 4,31% —acima do centro da meta estipulada para 2020, de 4%.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e tem intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo ficar entre 2,5% e 5,5%.
Segundo Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE, o cenário de novembro é parecido com o que tem sido visto nos últimos meses, em que o grupo de alimentos e bebidas continua impactando o resultado.
"Dentro desse grupo, os componentes que mais têm pressionado são as carnes, que nesse mês tiveram uma alta de mais de 6%, a batata-inglesa, que subiu quase 30%, e o tomate, com alta de 18,45%”, afirmou.
Mais uma vez, produtos importantes na cesta das famílias tiveram alta, como o arroz (6,28%) e o óleo de soja (9,24%). A variação no grupo de alimentos e bebidas foi de 2,54%. A cerveja (1,33%) também subiu, assim como o refrigerante e a água mineral (1,05%).
Em outubro, quando o IBGE passou a fazer o cálculo com base na nova POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), os alimentos retomaram o posto de principal componente do índice de inflação, que havia sido perdido para os transportes no início do ano.
Em novembro, o grupo de transportes registrou alta de 1,33%, segunda maior influência do índice, impulsionado pelo aumento no preço da gasolina (1,64%). Foi a sexta alta consecutiva do combustível. O etanol subiu 9,23%.
De acordo com o IBGE, os grupos de alimentos e bebidas e transportes representaram 89% da alta do IPCA de novembro.