As empresas são os principais alvos das organizações criminosas envolvidas com ataques cibernéticos. Os criminosos aproveitam a invasão para roubar dados, na intenção de lucrar com pedidos de resgate das informações.
Nos últimos anos, o número de ataques hackers em pequenas e médias empresas brasileiras cresceu 41%, segundo relatório divulgado pela Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança e privacidade digital. Quando o assunto é ser alvo de ataques cibernéticos, o Brasil só perde para os Estados Unidos.
Sandro César, sócio administrador e diretor executivo da Seguros do Brasil, explica que este tipo de invasão pode trazer consequências graves para as empresas, causando prejuízos financeiros e também relacionados à confiança do consumidor.
“A empresa também pode responder às consequências legais, já que leis de proteção de dados (LGPD) e privacidade exigem que a mesma gerencie a segurança de todos os dados pessoais que possui. Se esses dados forem comprometidos e a empresa não tiver implementado as medidas de segurança adequadas, poderá enfrentar multas”, afirma Sandro.
O aumento das atividades em casa, conhecido como “home office”, pode estar ligado ao aumento de invasões hackers. Isso porque, quanto mais dispositivos conectados, maior a vulnerabilidade das empresas.
“Milhões de pessoas estão fazendo uso de computadores, notebooks, laptops e smartphones pessoais, para continuar a exercer suas atividades de trabalho em suas conexões domésticas, normalmente desprovidas de segurança. Nestes dispositivos, normalmente estão contidas informações confidenciais e dados pessoais e agora com informações da empresa onde atua”, explica Sandro.
Um levantamento feito pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) mostrou que a arrecadação com contratação de seguros de riscos cibernéticos aumentou 75% em 2022.
“Esse seguro se baseia em eventuais ameaças e busca reparar suas consequências. As principais coberturas são referentes aos gastos com notificação às pessoas afetadas, às perdas de clientes, danos à reputação, perda de receita, gastos com procedimentos regulatórios, custos de defesa e indenizações, extorsões e gastos para descobrir as causas dos vazamentos. Hoje, a contratação de um seguro especializado é considerada a forma mais eficiente de evitar os prejuízos”.