Mais de 40% dos consumidores vão antecipar as compras de Natal para adquirir produtos com desconto na Black Friday, segundo projeções da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). São 42% dos entrevistados, ante os 37% registrados no mesmo período de 2018.
“Por estar próxima do Natal, a Black Friday tem puxados as compras no últimos anos. A gente pode estar trocando de sazonalidade porque, no Natal, os preços são cheios”, avaliou o presidente da SBVC, Eduardo Terra.
A pesquisa entrevistou 402 consumidores para quantificar aspectos relacionados aos hábitos e intenções de compra durante o já tradicional evento do e-commerce, que, neste ano, acontece no dia 29 de novembro.
A média de intenção de gastos para as compras de Natal é de R$ 564. No ano passado, o valor era de R$ 471.
No geral, a intenção de gastos também aumentou. Neste ano, a projeção média de gastos é de R$ 1.334, quase R$ 50 a mais que em 2018 (R$ 1.283).
Questionado se o aumento não seria tímido, considerando que os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão sendo liberados para saque, Terra discorda, pois, segundo a pesquisa, além do aumento do tíquete há o crescimento do porcentual de pessoas dispostas a gastar: se, em 2018, 68% dos entrevistados estavam dispostos a gastar mais que na edição anterior, hoje o porcentual subiu para 89%.
Para ele, a combinação do cenário macroeconômico - com uma retomada mais forte do consumo refletida pela confiança na economia, com a recuperação do emprego e o patamar histórico de juros baixos - com a data em si explica o ânimo dos consumidores.
Espera
A empresa de análise de dados do comércio online Ebit/Nielsen também realizou uma pesquisa de intenção de compras para a Black Friday. Das 4,1 mil pessoas entrevistadas no mês de setembro, 89% afirmaram que deixaram de comprar um produto para aproveitar esse período de promoção.
Dessas, metade chegou a esperar um período igual ou superior a três meses; 19% esperaram dois meses; e 16% um mês.