Com aumento das compras online, seguro cyber é aliado das empresa

Fonte: Revista Apólice
19/08/2022
Seguros

Adquirir produtos online é uma tendência que está crescendo mais do que nunca, especialmente no Brasil. Segundo um estudo divulgado pela plataforma Cupom Válido, com dados da Statista sobre as vendas no e-commerce, o país lidera o ranking mundial de crescimento das compras online, com uma alta de 22,2% neste ano, e um crescimento estimado de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025.

De acordo com a pesquisa, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e acima até de países como o Japão (14,7%), o Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%). O estudo ainda constatou que a pandemia e a baixa penetração de compras online no país foram dois fatores cruciais para essa alta no e-commerce. Como grande parte da população de países desenvolvidos já tinham o hábito de comprar virtualmente, a taxa de crescimento em potencial tende a ser menor nos próximos anos. No Reino Unido, por exemplo, 84% das pessoas realizaram pelo menos uma compra nos últimos 12 meses. Entretanto, no caso do Brasil, apenas 49% da população realizou ao menos uma compra online no último ano.

Com o crescimento das compras online, os ataques cibernéticos também aumentaram na mesma proporção, o que reforça a importância do seguro cyber. No Brasil, de acordo com dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), o mercado nacional de seguros registrou alta de 135% na sinistralidade do produto em 2021 quando comparado ao ano anterior. “Podemos dizer que a pandemia trouxe a necessidade da digitalização forçada e às pressas para diversas organizações. Com isso, é possível que as empresas não tenham sido considerados todos os aspectos de segurança, especialmente a proteção contra riscos cibernéticos. Diante desse cenário, o seguro é um aliado fundamental”, afirma Caroline Ayub, superintendente de Linhas Financeiras da Tokio Marine.

Entre as coberturas do seguro, estão inclusas investigação forense; extorsão cibernética (ransonware); notificação e monitoramento; restauração de dados eletrônicos; interrupção de rede (lucros cessantes e despesas operacionais); sanções administrativas (inclusive multas) e restituição de imagem da organização. Além disso, o produto cobre a parte de responsabilidade civil e danos a terceiros.

Para Hellen Fernandes, gerente de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, “empresas de todos os portes precisam ficar atentas às possíveis vulnerabilidades e, para tal, devem procurar ferramentas para entender e gerir essa questão de maneira adequada e eficiente, buscando conhecimento e proteções de acordo com a legislação e com cada modelo de negócio”. A executiva ressalta que uma estratégia bem-sucedida de segurança e privacidade de dados passa por criar a consciência dos riscos dentro da instituição, garantindo que haja um engajamento entre os colaboradores, em especial da alta administração.

Focando nas ações que o mercado de seguros deve adotar para melhorar o gerenciamento dos riscos cibernéticos, Leandro Freitas, diretor de Linhas Financeiras da MDS Brasil, afirma que as seguradoras devem investir em produtos cada vez mais personalizáveis e adequados para a realidade de cada organização. “Vale lembrar que as seguradoras hoje já oferecem o risk assessment como serviço acoplado ao seguro, o que ajuda os seus clientes a entenderem melhor suas vulnerabilidades e expõem as necessidades para que o risco de ataques hackers possa ser mitigado”.

De acordo com a pesquisa Global Digital Trust Insights 2022, 83% das empresas brasileiras estão aumentando os investimentos em segurança cibernética. Contudo, Lívia Souza, gerente de Linhas Financeiras da corretora, ressalta que para que o produto cresça cada vez mais, é preciso uma alteração no mindset dos empresários em entenderem que a proteção a seus sistemas são a premissa para a efetiva aceitação da seguradora na mitigação dos riscos. “Em um mundo cada mais virtual entendemos que haverá uma maior percepção da necessidade de proteção, de modo que a contratação do seguro não seja vista como uma opção do empresário ou apenas uma obrigação contratual, mas sim uma necessidade fundamental e indispensável para toda e qualquer empresa”.

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