Em apenas um dia de funcionamento do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), a Caixa Econômica Federal emprestou ao segmento R$ 160 milhões.
O valor médio dos empréstimos contratados é de R$ 51 mil e o faturamento médio dos tomadores de R$ 180 mil. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, 64,5 mil empresas já se cadastraram no sistema da instituição — primeiro passo para ter acesso ao crédito.
Guimarães anunciou que em julho o banco abrirá conta digital para as empresas a fim de acelerar operações pelo aplicativo da Caixa. E a partir de agosto, serão fechadas parcerias com maquininhas de crédito.
— No primeiro dia de operação, nós já fizemos um volume significativo no atendimento remoto com os gerentes e via site. A segunda onda, uma melhoria operacional, será em julho, quando nós teremos o banco digital para micro e pequenas empresas e aí você tem uma esteira digital de contratação. Ou seja, uma conta digital para pessoa jurídica com outros serviços. Uma terceira onda virá em agosto via o aplicativo da Caixa mais empresas e parcerias estratégicas — afirmou Guimarães.
A Caixa começou a operar o programa na última terça-feira, sendo o banco a principal aposta do governo para fazer com que o crédito chegue às pequenas empresas. Com garantia do Tesouro Nacional, os juros da linha são atrelados à Selic (em 2,25%), mais 1,25% ao ano, com carência de oito meses e prazo de pagamento de até 36 meses. A Receita Federal enviou cartas às empresas para informar o quanto elas podem tomar emprestado, até 30% do faturamento registrado em 2019.
Por outro lado, a linha de crédito lançada pela Caixa há dois meses em parceria como Sebrae teve pouca adesão. Do total de R$ 7,5 bilhões ofertados, o valor emprestado foi de 1,4 bilhão para 18,5 mil empresas. Os juros variam entre 1,19% ao mês e 1,59% ao mês, considerados ainda elevados diante da crise da economia.