Barulho que atrapalha

Fonte: O Diário
05/07/2016
Gestão

O ambiente de trabalho é diferente em cada empresa, mas o que todo mundo concorda é que alguns ruídos podem ser irritantes a ponto de atrapalhar a concentração da equipe de profissionais. E ruído não é só aquele som da cadeira, que range. Pode ser o telefone muito alto, a porta que bate ou aquele colega ansioso, que, "de mil maneiras", provoca uma "sinfonia".

Em uma rápida pesquisa nas redes sociais, as pessoas dizem que alguns sons incomodam mais que os outros. O campeão ainda é o telefone quando toca alto e de maneira intermitente. Em seguida, aparecem os sons que notificam mensagens recebidas no celular e pessoas que se reúnem no cafezinho para conversar e se descuidam do volume da própria voz.

Em uma pesquisa encomendada pela Plantronics, empresa especializada em equipamentos e programas de computador para comunicação por áudio, 90% dos profissionais, em países de primeiro mundo, afirmam sofrer em ambientes de trabalho barulhentos. Ainda segundo o levantamento, 55% já formalizaram queixa sobre o barulho junto aos gestores.

Raiz do problema

Em tempo de espaços abertos e escritórios integrados, a chance de se trabalhar em uma sala privativa fica mais restrita. Aos que precisam conviver com os colegas, lado a lado, cabem se adaptar. Alguns equipamentos ajudam como headsets (fone para telefone), com abafadores, ou baias, com vidro de redução de ruído. Além disso, para não ser o provocador do barulho, o funcionário precisa aprender a modular a altura da voz e combater hábitos, que incomodem aos demais.

A jornalista Tayenne Carvalho afirma que, geralmente, os ruídos a desconcentram. No caso dela, o ideal seria poder trabalhar em um ambiente de circulação restrita, especialmente, porque o som dos colegas distraídos é um problema. "Gente que assovia me incomoda. Quem bate o pé, estrala a língua, come maçã também me irrita", destaca.

Para a advogada Cristiane Rampazzo, o que atrapalha são as pessoas que não modulam a voz de acordo com o ambiente e falam alto demais. "Acrescente à minha lista de ruídos que desconcentram aquelas pessoas que não sabem fechar portas sem deixá-las bater", ressalta.

A origem do desconforto é semelhante para a maioria dos profissionais, segundo os resultados da pesquisa. Os cinco ruídos mais problemáticos são a imposição de se ouvir ligações de outras pessoas, os ruídos de fundo de equipamentos eletrônicos, como impressoras, ar-condicionado, os locais que têm eco, porque a acústica é ruim, e as áreas comuns onde se fala alto demais e o som desconcentra o outro.

Ajustes

Reconsiderar a distribuição de pessoas e equipamentos no ambiente pode ser um bom começo. Outra opção é modular a campainha dos telefones e orientar os colaboradores a manterem celulares no modo silencioso no expediente.

Quanto ao pessoal que é "do barulho", por natureza, vale uma boa conversa para que o tom de voz fique um pouco mais baixo, o balançar da cadeira não gere um ranger irritante e bater a caneta não seja um hábito. Pode-se orientar a pessoa até sobre a força usada ao teclar para que digitação não fique alta demais, até porque "espancar" o teclado estraga o equipamento.
 

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