Em pouco menos de duas semanas de operação, 68% dos recursos da nova versão do Pronampe já foram concedidos. Até a última sexta-feira, R$ 17 bilhões foram emprestados para 233 mil micro e pequenas empresas.
A expectativa do governo é que R$ 25 bilhões sejam concedidos este ano. A demanda por recursos segue alta mesmo com juros mais altos do que na versão de 2020 do programa.
Ano passado, os juros eram de 1,25% mais a taxa Selic (atualmente em 4,25%). Neste ano, a taxa é de até 6% ao ano mais a Selic. As empresas que pegarem empréstimos este ano terão 11 meses de carência e prazo de 48 meses para pagar.
Os bancos públicos foram responsáveis por mais da metade dos recursos emprestados. O Banco do Brasil concedeu R$ 6 bilhões e a Caixa R$ 4,2 bilhões.
Entre as instituições privadas, o Bradesco emprestou R$ 2,4 bilhões. Sicoob, Itaú e Sicredi concederam R$ 1,2 bilhão cada.
Um novo aporte do governo no Pronampe ainda é incerto porque depende da situação orçamentária e do ritmo da recuperação econômica. Para liberar os R$ 25 bilhões, o governo colocou R$ 5 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO). O valor foi alavancado pelos bancos.
O Ministério da Economia tem trabalhado em algumas medidas para facilitar o crédito para o segmento.
A primeira é a regulamentação do Sistema Nacional de Garantias, que vai possibilitar a criação de instituições privadas, chamadas de sociedades de garantias, que poderiam fornecer cartas de garantia aos pequenos empresários para facilitar a tomada de empréstimos nas instituições financeiras. A expectativa é que um decreto saia ainda em agosto.
Outra medida seia a atualização do portal CredMei com ferramentas que permitirão comparar preços de maquininhas de cartão de crédito e um hub que possibilitará que um pequeno empresário possa fazer pedidos de avaliação de empréstimos para várias instituições financeiras de uma só vez.